quarta-feira, 12 de outubro de 2011

HORMÔNIOS E OBESIDADE: ENTENDA O EFEITO DA LEPTINA

  
   Hormônios são reguladores do corpo humano. Eles controlam atividades como fome, comportamento, alimentação e digestão.  Quando são classificados como endócrinos,  significa que a sua atuação é fora da célula em que foi produzido, viajando pela corrente sanguínea até chegar ao seu destino.  Além  de endócrinos, os hormônios podem ser classificados como parácrinos, quando atuam em células vizinhas; ou autócrinos quando atuam na mesma célula que foi produzido.

    Os hormônios são ativados quando células de tecidos sentem uma mudança em seu comportamentoEssa mudança faz com eles sejam secretados e atuem como um mensageiro químico (indo para uma célula-alvo). As células-alvo possuem proteínas especializadas, os receptores.


Tecido Adiposo
   Quando se fala em hormônio e sistema endócrino normalmente se pensa em tireóide, pâncreas, hipófise, porém, hoje em dia, alguns estudos já consideram o tecido adiposo como uma das glândulas desse sistema. De acordo com essas pesquisas ficou provado que o tecido adiposo manda informações para o cérebro de como está o armazenamento de energia, uma das funções típicas dos hormônios.

   Um dos hormônios que o tecido adiposo produz é a leptina. Ela ajuda a manter a homeostase da gordura corporal, avisando ao cérebro quando já temos energia o suficiente, reduzindo o apetite. Seus receptores ficam no encéfalo, em regiões que regulam o comportamento alimentar. Quando a leptina é secretada pelo tecido adiposo e chega ao cérebro, faz com que o neuropeptídeo Y (NPY), produzido por neurônios orexigênicos, que são estimuladores de apetite, diminua sua concentração e que os neurônios anorexigênicos, inibidores de apetite, sejam estimulados e aumentem a concentração do hormônio estimulantes de melanócito α (melancortina).

Estrutura da Leptina
     Foi descoberto em pesquisas com camundongos que a leptina é produto do gene OB (obeso). Os camundongos que possuíam dois genes defeituosos, (ob/ob) estavam sempre com fome e não conseguiam para de comer, se tornando obesos. Ao injetar a leptina nos camundongos (ob/ob) os pesquisadores perceberam uma perda de peso. A falta do hormônio leptina pode ser uma das causas genéticas para a obesidade. 


Referências bibliográficas: 
Hormônios   <http://www.novatrh.net/hormones.html> Acesso em: 12 de out. de 2011

Tecido Adiposo como glândula endócrina  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000100004> Acesso em: 12 de out. de 2011


   NELSON, D. e COX, M. Princípios de Bioquímica de Lehninger  5 ed. . Porto Alegre: Artmed 2011. p. 904 a 907 e 930 a 937

POSTADO POR: ISABELLE ROMERO NOVELLI

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